Giovanna e Guglielmo acompanhavam as notícias e a crise que assolava a Europa em meados de 1896.
Os indícios que levariam o casal Stacciarini a deixar sua pátria sustentam-se (também) na possibilidade de novas oportunidades na América. Mas tudo leva a crer que os motivos foram além disso.
Diante do processo de imigração (buscando-se explicações para a saída repentina de Guglielmo e Giovanna), registra-se, o que disse um italiano (na época) ao Ministro de Estado, sobre o propósito das razões que estavam estimulando a imigração dos italianos:
"Que coisa entendeis por uma nação, Senhor Ministro?
é a massa dos infelizes?
Plantamos e ceifamos o trigo, mas nunca provamos pão branco.
Cultivamos a videira, mas não bebemos o vinho.
Criamos animais, mas não comemos a carne.
Apesar disso, vós nos aconselhais a não abandonarmos a nossa pátria?
Mas é uma pátria a terra em que não se consegue viver do próprio trabalho?"
(http://www.imigrantesitalianos.com.br/)
A verdade é que o casal italiano Guglielmo e Giovanna estavam felizes com os filhos nascidos consecutivamente, um após outro, e integrando a prole linda que refletia a intensa história de amor dos dois.
Giovanna era San Marinense (de San Marino), da nobre família Stacchini, e frequentava a sociedade da época, isso, foi um dos motivos do encontro junto ao seu amado Stacciarini, por quem se apaixonou desde o primeiro momento que o viu.
Explicação que entederemos mais tarde: o começo desse grande amor.
Giovanna, chega ao Brasil, com seus sete filhos e marido, aos 33 anos de idade, já com seu filho mais velho, Angelo, tendo 12 anos. O que explica sua intenção com o esposo, de uma família grande e que era também o desejo de Guglielmo.
Um fato, é que, especialmente com Cirilo tão novo, não era em nenhum momento, a intenção de Giovanna deixar a Itália, e sobre isso, influenciou ao que pode seu marido: A resistência de deixar a Itália. Isso foi adiado até o último momento!
Mas isso ainda não explicou os motivos da vinda ao Brasil - além da crise financeira na Europa, visto que Guglielmo (e sua prole) integrante da linhagem do Conde Stacciarini, havia (m) ocupado-se do casarão em San Leo e viviam com abundância e progresso.
Um tempo antes disso - quando Guglielmo ainda estava por nascer, vale mencionar, a chegada de um ilustre hóspede ao casarão do Conde Stacciarini: o mártir Giuseppe Garibaldi.
Nota: A foto ilustra a entrada do Casarão do Conde Stacciarini, em San Leo (Colina) - como é hoje, e foi por esse caminho que a família Stacciarini, na época, recebeu Giuseppe Garibaldi, que dali tentaria se exilar em San Marino.
E, por este mesmo caminho, saíram, às pressas - o casal e seus filhos (em 1896), rumo a decisão que Giovanna não gostaria que tivesse sido imposta pelas circunstâncias - ir para o Brasil.
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